Há dois meses no ar, a novela Rebelde (exibida na Record, de segunda à sexta, às 19h00), escrita por Margareth Boury e dirigida por Ivan Zettel, vem apresentando ótimos índices de audiência, sobretudo, entre o público adolescente. A trama, que narra os conflitos de um grupo de jovens que estuda no internato Elite Way, é a versão brasileira do bem-sucedido folhetim eletrônico mexicano, que durante alguns anos foi também uma verdadeira febre entre adolescentes de toda a América Latina.
E se o bom desempenho da audiência da adaptação nacional já é suficiente para que o elenco envolvido no projeto comemore, para uma parte dele, formado pelos atores Zezé Motta, Antônio Pompêo, Rocco Pitanga, Michel Gomes e Juliana Xavier, há ainda razões mais fortes para celebrar. Interpretando os personagens da família Alves, eles dão vida ao núcleo negro da novela. Mas, o que seria pretexto para a existência de uma enxurrada de estereótipos e, num outro viés, um palanque televisivo para discursos sobre conflitos raciais, a família Alves chama a atenção justamente pelo contrário: é o retrato de uma família típica de classe média, com todos os dramas e as alegrias vividas por milhões de pessoas pelo Brasil afora.
RAÇA BRASIL reuniu os atores que representam a família Alves – a única falta foi a de Michel Gomes, ausente por motivos particulares –, no apartamento da atriz e cantora Zezé Motta, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro.
Durante a conversa descontraída, discutimos temas como a evolução e os avanços da presença do negro na teledramaturgia brasileira, mercado de trabalho e o futuro para as novas gerações. “Estou muito feliz e emocionada com este trabalho. Sou do tempo em que o negro nas novelas não tinha família.
"Não precisamos mais de lamúrias e discursos, pois a nossa presença como uma família ‘normal’ na novela rebelde já é, por si só, um ato político" Zezé Motta
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