Andrea Avancini mostra lado "bagaceiro" com personagem Luli de "#Rebelde"

Papéis cômicos são os que Andrea Avancini mais gosta de fazer. Por isso, ela tem se divertido na pele da Luli, em "Rebelde". Principalmente agora que a personagem, até então comportada e discreta, revela um lado mais "barraqueiro". Na trama, Luli está vivendo o início de um romance com Lupi, de Rocco Pitanga. O problema é que a ex-mulher dele, Raquel, de Roberta Santiago, não deixa o novo casal ter paz. Nessa disputa pelo coração do galã, as duas, volta e meia, têm um arranca-rabo. "A gente se agarra pelo cabelo, rola pelo sofá, ficamos no chão, descabeladas. Esse tipo de cena eu gosto", comemora, aos risos. O que também agrada Andrea é o fato de trabalhar mais uma vez com Ivan Zettel, diretor-geral da novela. A atriz já havia atuado em outras produções comandadas por ele, como "Mandacaru", da extinta Manchete, e "A Padroeira", da Globo. "O Ivan é meu amigo de 30 anos. É um grande prazer fazer a novela dele e sendo essa coisa jovem, leve, solta, divertida...", derrama-se.

Para compor a Luli, Andrea não precisou fazer nenhum laboratório muito específico. Usou da própria experiência para buscar algumas referências. Como a personagem é a secretária "pau-para-toda-obra" de Eva Messi, interpretada por Adriana Garambone, a atriz lembrou de muitas atividades que exerceu na época que dava aulas de teatro em sua própria escola, a Casa & Companhia de Artes Avancini, no Rio de Janeiro. "Isso de você ser tudo, eu trabalhei muito na minha escola. Era psicóloga das crianças, das mães, agenciava um negócio. Já estava acostumada", conta. Mas, para a atriz, a personagem também vai tomando forma com o passar dos capítulos. "Compus um papel mais solto, que vai surgindo conforme a gente vai gravando também", explica ela, que precisou cortar os cabelos. Os fios deixaram de ser longos e ficaram um pouco acima da altura dos ombros, um corte que a própria Andrea escolheu. "Adorei! Ficou jovem", comemora.

Trabalhar e conviver com atores novos, aliás, tem sido motivador para Andrea. Ainda mais quando as gravações seguem pela madrugada. Em vez de demonstrar cansaço – como seria até normal –, o elenco está sempre animado. "Adoro trabalhar com jovem. Quinze anos da minha vida trabalhei com eles e tem um monte de ex-aluno meu em novela", orgulha-se ela, que já deu aula de teatro para Bianca Salgueiro, Josie Pessoa e Rafael Zulu, entre outros, que estão no ar em "Fina Estampa". "É bacana ver essa galera que formei", completa. A repercussão de "Rebelde" também tem sido um aspecto positivo para a atriz. Vez ou outra, ela é abordada por pessoas que comentam a trama de sua personagem. Algumas querem que Luli fique com Pingo, de Sylvio Meanda; outras gostam da relação com Lupi. "As pessoas torcem. A reação do público é a resposta ao meu trabalho", reconhece.

O convite para fazer parte do elenco de "Rebelde" veio em outubro do ano passado, pouco antes do início das gravações, que começaram em novembro. No trabalho anterior, Andrea havia passado dois anos gravando a trilogia "Os Mutantes". "Adorei ter sido chamada por ser uma novela que está dentro da linha que gosto: jovem, descontraída", festeja. Com uma rotina tranquila de gravação, Andrea se dedica à produção e direção do espetáculo "Getsêmani", de Mario Bortolotto, que estreia no dia 30, no FITA – Festa Internacional de Teatro de Angra, no estado do Rio de Janeiro. Conciliar os dois trabalhos, aliás, não tem sido nenhuma dificuldade para ela. "Se eu estivesse gravando uma protagonista, tudo bem. Mas não é o caso", ressalta.

(LUANA BORGES)

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