Bastam alguns minutos de conversa com Carla Diaz para notar que a atriz deixou para trás faz tempo a pré-adolescente que interpretou a filha de Jade (Giovanna Antonelli) em “O Clone”. “Tinha dez anos quando fiz a novela. Mudei completamente! Não sou mais aquela menininha que fez a Khadija”, garante Carla, em entrevista ao UOL. Atualmente, a atriz pode ser vista em duas emissoras ao mesmo tempo: na Globo, que reprisa "O Clone" no "Vale a Pena Ver de Novo", às 14h40; e na Record, como a órfã Márcia de “Rebelde”, às 19h.
Em 10 anos, sua altura não mudou muito – ela mede 1,53 m - mas Carla fala em crescimento profissional. Moradora do Rio, ela cursa o quarto período de cinema na universidade Estácio de Sá. “De 2001 para cá, saí da escola, fiz sete peças de teatro, comecei a estudar cinema”, enumera ela, que estreou no teatro na época da novela de Glória Perez. “Minha primeira peça foi ‘O Rapto das Cebolinhas’, da Maria Clara Machado, exatamente quando fazia a Khadija”, lembra.
Mas não foi só na carreira que surgiram coisas novas para Carla. Ela também sofreu mudanças na vida pessoal. “Como comecei a fazer TV muito cedo – aos dois anos de idade – muita gente ainda me tem na cabeça como criança e se espanta quando me vê hoje em dia”, conta ela, que namora há um ano e quatro meses o designer Patrick Clark, de 21 anos. “Na época de Khadija, ainda nem tinha dado meu primeiro beijo. Ele só aconteceu quando fiz 12 anos”, recorda.
Embora tenham se passado dez anos de “O Clone”, a atriz diz que até hoje as pessoas ainda a abordam na rua como Khadija. “Muita gente pede para eu falar o bordão da personagem, ‘Insh’Allah’. Isso é muito gratificante. Principalmente porque ela foi o primeiro papel que tive que estudar para fazer”, afirma.
Para Carla, a novela de Glória Perez não só foi um divisor de águas na sua carreira como a tornou conhecida pelo público. “A Khadija me levou literalmente para o mundo, já que a novela foi vendida para vários países”, afirma. A atriz lembra que, assim que “O Clone” acabou no Brasil, ela viajou para os Estados Unidos, para o Uruguai e para a Rússia. “E as pessoas me reconheciam em todos esses países. Me espantei. Porque as pessoas te reconhecerem em outro país é muito louco, apesar de também ser uma honra”, conta.
Interpretando a órfã Márcia, em “Rebelde”, Carla acredita que está tendo a oportunidade de exercitar várias facetas como atriz. “A Márcia é totalmente diferente de todas as outras meninas. Ela foi abandonada pela mãe e cresceu em um orfanato. Quer descobrir quais são suas origens. Tem drama, comédia... Estou adorando fazer”, elogia.
Prestes a completar 18 anos de carreira – “este ano completo 18 anos de carreira e 21 de idade. Maioridade na carreira e na vida”, brinca –, Carla ainda sonha em ser uma grande atriz. Exatamente como na época em que interpretava a Khadija em “O Clone”. “Continuo com esse sonho. Ainda quero fazer grandes papeis. Quem sabe gêmeas? Tinha quatro anos quando assisti a ‘Mulheres de Areia’ e amei. Nunca esqueci”, planeja.
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